04 março 2010

A viagem...

Peço desculpa pela demora da actualização deste espaço, mas não tenho tido tempo para aceder à net e publicar alguma coisa. Mas vamos começar a matar a curiosidade dos meus leitores :)

A minha viagem comecou no Porto, bem cedo. O pai, a sis e o namorado despediram-se e entre sms e telefonemas lá vieram por aí abaixo muitas lágrimas. Desta vez não houve atrasos e estava despachada a tempo! Nao fosse o atraso de 1h10 devido ao mau tempo em Frankfurt e tinha levantado voo a horas. No aviao vinha um jogador de Basket que ia para Detroit (Oyehh!). Entrei no aviao atrás dele e quando este pisou o dito, tocou com a mão na porta em cima, à esquerda e à direita, como um sinal da cruz. Claro que eu só pensei: OMG! Bebi sumo de laranja (daquele ácido que eu adoro) enquanto esperava para descolar.
Entre pessoas a ressonar e hospedeiras sempre a passar lá fui dormitando a ouvir música.
Chegámos a Franksfurt 45min. depois. Afinal nem foi tanto o atraso, o piloto tem o pé pesado! (eheheh) No aeroporto nem foi assim tão difícil achar a porta de embarque. Andar andar andar sempre em frente, subir umas escadas, mais segurança, e fui direitinha ao sítio. Deu tempo para fazer tudo nas calmas e ainda para ir à casa-de-banho fazer um xixizinho. Mais uma vez me apercebi que os alemães são, na maioria, muito mal-encarados. Como o meu voo foi alterado não me calhou um lugar à janela. Já estava conformada. Eis então que oiço chamar o meu nome ao balcão de embarque. A senhora, como sabia dao meu descontentamento, trocou-me o lugar (por iniciativa própria) com um senhor que não queria ir à janela. Uma Q-U-E-R-I-D-A!! Afinal não posso generalizar... Sentei-me e esperei pela hora de embarque. Estava eu muito descançada, quando vem um polícia ter comigo a pedir-me para o acompanhar. ME-DO! Pensei logo: "O que é que eu fiz? Onde é que errei? Mas não me lembro de ter feito nada mal, etc". Afinal eles escolhem pessoas ao acaso que estejam à espera de voo para fazerem de novo uma vistoria de segurana. Claro que não encontraram nada, assim como não tinham encontrado da primeira vez. Fiquei bem mais aliviada. O aeroporto era tão grande que tive de ir de autocarro até ao local onde o avião estava estacionado. Andámos aí uns 2Km debaixo do aeroporto, por túneis que nunca mais acabavam. Lá fora parecia a Índia: carros, bicicletas, vacas, pessoas, tudo ao monte de um lado para o outro, só que aqui era com aviões (gigantes), autocarros, carros transportadores de malas, smarts, etc, tudo a passar ao mesmo tempo, quase que batiam uns nos outros. Eles não pareciam nada preocupados, seguiam o seu caminho como se não houvesse ali ninguém. No avião (um senhor avião) tinha à minha espera uma mantinha, uma almofada, phones e um saco necessaire com meias, venda para os olhos, tampões para ouvidos, escova de dentes e creme. Ah e um ecrã à minha frente onde vim sempre a ver séries (NCIS, House, The Medium, etc.) e filmes (Whip it, The fugitive, The boys are back, Cars, Finding Nemo, etc.).
A comida...bem eu gostei. O pequeno-almoço foi pãozinho com fiambre, queijo fresco, tomate cherry e fatias finas de carne. O almoço foi frango de cebolada com gnochi, bolo de chocolate recheado com geleia de morango (bahh...), pão e sprite. Os aperitivos eram Pretzels e sumo. O lanche um snack que me soube pela vida. Quanto aos bancos, eram muito incómodos para dormir, e a WC nojenta quando lá fui. Preenchi os papéis que me deram para entregar na imigração quando chegasse a Chicago.
Chegada a Chicago O'Hare Airport estava tudo nevado e o aeroporto era assim uma coisa enorme. Fui directa ao balcão da imigração para entregar os papéis, tirar uma foto e impressões digitais e depois pegar nas malas que estavam no tapete rolante. O meu grande medo era não ter as malas à minha espera no destino, mas quando as vi ali retiradas do tapete, juntos com as restante desse voo, bonitinhas que só elas, até se me estampou um sorriso na cara. Não se estragaram 2 ou 3 defeitos mas nada de mais. Depois passei novamente por um funcionário que me mandou ir em frente até encontrar 3 portas a dizer "Chicago only", "Re-checked baggage" e outra que também tinha que declarar alguma coisa. Óbvio que fui logo para a primeira e vim dar à parte de fora. Pensei: "É isto? Não tenho que ser revistada nem me fazerem perguntas?". Ou seja, não tive de passar por mais nenhuma segurança ou raio-X.
O colega V. já estava cá fora à minha espera com a placa que dizia o meu nome e fui logo ter com ele. Fiquei desiludida com aquela placa. Então não podia ter feito uma coisa em grande, a negrito ou com cores, chamativa, em vez daquela folhinha minúscula que mal se via? Oh V. da próxima tens de te esmerar! Apanhámos o metro até ao terminal 1 e depois o CTA (metro da cidade). Demorámos cerca de 50min a chegar à nossa estação e depois foi andar a pé uns 15min até casa. Foi aí que senti pela 1ª vez o frio de Chicago. Como tive perguiça de vestir as luvas gelaram-me as mão nesse bocadinho. Conversámos, tirei umas fotos e avistei a universidade.



Alguma coisa, de peripécias da viagem

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